Num futuro não muito distante, o mundo encontra-se moribundo. A vegetação desapareceu assim como os animais. Os últimos seres humanos sobrevivem dificilmente, alguns procurando restos de comida nos últimos vestígios da civilização, outros recorrendo ao canibalismo.
Nestas circunstâncias terríveis, um pai (Viggo Mortensen) tenta sobreviver ao dia-a-dia na companhia do filho (Smit-McPhee), ensinando-lhe os meios para sobreviver neste ambiente hostil e incutindo-lhe valores morais como qualquer outro pai.
Nunca o cinema nos deu uma visão do fim do mundo tão trágica e terrível como neste filme de John hilcott, adaptado da obra de Comarc Mccarthy. John Hilcott consegue transmitir um sentimento de desolação e perigo muito através das fantásticas localizações e cenários, para além de uma palete de cores desaturada que ajuda e muito.
Viggo Mortensen carrega o filme ás costas, embora sem dúvida esteja bastante bem secundado por Kodi Smit McPhee. Espero que a sua “ameaça” quanto a abandonar a interpretação nunca se concretize. Robert Duvall tem uma breve participação no filme, a bom nível, sucedendo o mesmo com Charlize Theron. Embora ela apareça unicamente em flashbacks do passado das personagens principais, Flashbacks esses que na minha opinião acrescentam pouco à história principal e quebram o ritmo da narrativa.
The Road é um filme que respira o espírito do cinema indie americano. Não é um filme para as massas nem pretende sê-lo. A fotografia do filme, quero realçar este aspecto novamente, é tão importante como qualquer personagem, e imprime uma atmosfera única de horror e perigo, sendo quase impossível ao espectador ficar indiferente. Ainda assim o filme sofre de uma certa falta de ritmo, e para alguns pode tornar-se um pouco chato.
The Road - 8
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