quinta-feira, 16 de julho de 2009

The Hurt Locker - Review




The Hurt Locker
está confirmado como o melhor filme do ano até ao momento.
Nunca a palavra tensão pareceu tão adequada. Kathryn Bigelow oferece-nos um incrível filme de guerra, totalmente centrado nos soldados, deixando de fora toda a política adjacente ao conflito no Iraque. Oferece-nos também alguns dos melhores momentos de suspense a que eu assisti nos últimos anos.
O filme começa com uma equipa de desarme de bombas em plena acção, a tentar desarmar uma bomba seguindo os procedimentos do manual, por assim dizer. Comunicando via rádio todos os movimentos, verificando com um robô tudo o que seja potencialmente perigoso e por último vestindo um fato ridiculamente quente e ineficaz. Apesar de todas as precauções, o líder da equipa morre e é substituído por William James (Jeremy Renner), que não hesita em tomar atalhos e ignorar os protocolos para concluir os objectivos. Entra rapidamente em confronto com o Sargento Sanborn (Anthony Mackie) que considera James irresponsável e um perigo para toda a unidade.
Jeremy Renner teve com este papel uma grande hipótese de confirmar o seu talento e aproveitou-a da melhor forma sendo um nome a considerar para projectos futuros. O seu William James é fantástico.
Adorei a forma como Kathryn Bigelow organizou as cenas de maior tensão, filmadas sem câmara fixa, e como optou por quase não colocar música no filme, ao invés amplificando bastante os sons ambiente.
Kathryn Bigelow tem grandes possibilidades de ser a 4ª mulher a ser nomeada para o Óscar de Melhor Realizador e quem sabe, de ser a primeira mulher a ganhar essa estatueta. Pois este é o melhor filme sobre a guerra do Iraque até agora. E um dos melhores filmes de guerra de sempre ao nível de Full Metal Jacket ou de The Thin Red Line. Será ainda cedo para falar em Óscares? Com a abertura recente de dez lugares em concurso para Melhor Filme, ponho as mãos no fogo em como The Hurt Locker será nomeado. Pelo menos.

The Hurt Locker - 9



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